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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

015

Dependência é algo pertubador.
Não para quem causa, mas para quem é atingido.
Estar dependente de alguém é não ter ego e querer viver só para o outro.
É querer fazer algo e se sentir acorrentado.
Querer se sentir bem e não encontrar o que é necessário em si mesmo.
Não se sentir livre, é pior do que estar morto.
Ou talvez seja um tipo de morte.
Mas o pior é saber que você não sai dessa não por falta de vontade, mas por excesso de saudade.

Amanda Manzi

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

014

Quando a gente gosta,
não há remédio pra fazer desgostar.
Pode ser feito plástico,
mas trás sempre uma lembrança que te faça sonhar...

Amanda Manzi

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

013


Eu estava alí
de olhos fechados,
esperando pelo encontro dos céus...

Amanda Manzi

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

012

Planejar é algo frustrante.
Mais ainda, quando o que se planeja não chega nem no pensamento do objeto planejado, de acontecer.
Por isso, prefiro deixar ao léu.
Se acontecer: lucro.
Se não: ao menos não planejei.
Que venha à mim por ensejo e não porque é a lei.

Amanda Manzi

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

011

O amor é um pequeno deslize.
Quando se vê, já se está amando.
Sem regra, sem planejamento, sem espera.
Penso que o amor é desaforo.
O poeta diz que o amor é fogo e que não arde, que é ferida que dói e não se sente.
Eu digo que o amor é o próprio ardor, a dor sentida e sofrida.
Quisera eu, mera mortal, ter a vida de um sonhador, um amigo em cada esquina e ah... o amor!

Amanda Manzi

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

010

Eu nunca

Já fui amada sem amar; já amei sem me amar. Já caí no meio da rua. Sentei no meio da avenida em horário comercial. Já viajei sozinha de Brasília à São Paulo. Passei dois dias dentro de um carro. Já vi maratonas de filmes. Já virei noites sem dormir. Já desmaiei. Já quebrei um vidro com o rosto. Já joguei pedra na casa do vizinho. Já me pendurei na janela do oitavo andar. Já fiquei presa no elevador. Já tive um patinete, dois skates e três bicicletas. Perdi seis celulares. Já tomei um litro de sorvete. Já caí no centro de uma rodinha de mosh. Já tirei foto com gente famosa. Namorei por duas semanas com o meu melhor amigo e depois continuei sendo só melhor amiga. Já desci escada rolando. Já simulei dor de barriga pra não ir pra aula. Já fui fumante passiva. Já fui emo. Já fui acusada sem ter culpa. Já fui inocentada quando era culpada. Já fiz amizades eternas e algumas que eu nunca mais vi. Já perdoei coisas absurdas e nem me arrependi. Já esqueci datas importantes das quais eu nunca mais lembrei. Já fui decepcionada, mas também já decepcionei. Já chorei pela partida de três cachorros. Já pensei em fugir de casa. Já fugi de casa e voltei minutos depois. Já briguei com meio mundo. Já bem quis a outra metade. Já ganhei uma música, poesias e declarações. Já patinei no gelo. Já quis desistir de tudo e outras vezes, quis fazer o máximo de coisas possíveis. Já quis ser bailarina de circo, trapezista ou uma mera palhaça. Já cheguei em casa escondida e fui pega de surpresa. Já sonhei com a morte. Já fiquei bêbada e perdi totalmente o controle sobre mim. Já dormi direto por um dia inteiro. Já coloquei um piercing escondido. Já grudei chiclete na roupa de uma menina por mera implicância. Já derrubei alguém do balanço. Já toquei a campainha de 8 andares descendo pelas escadas. Já chorei de tanto rir. Já ri de tanto chorar. Já fiz amigos virtuais que depois viraram mais que reais. Já dormi com a webcam ligada. Já me arrependi por não ter feito o que eu queria fazer. Já comi chocolate até enjoar. Já fiz de conta e depois desfiz. Já tive medo. Já acordei no meio da noite e achei que fosse manhã. Já senti ciúmes da minha melhor amiga. Já senti ciúmes de todos os meus amigos. Já pesei 42kg. Já fui injusta com quem me dizia a verdade. Já ofendi e já fui ofendida. Já me envolvi com um bissexual. Já fui afim do melhor amigo de um ex-namorado e guardei só pra mim. Já tive o cabelo curto. Já tive cabelo colorido. Já quis furar o septo. Já saí com um desconhecido e tive o melhor dia da minha vida. Já achei que fosse gay. Já quis morrer. Já morri de vergonha. Já fui à Igreja, mesmo contra minha vontade. Já fingi que não conhecia, outras vezes, fingi que era expert em algo que eu não conhecia. Já provei do sabor da mentira e comprovei as suas curtas pernas. Já sonhei querendo acordar. Já acordei e quis voltar a sonhar. Já sorri, sem vontade de rir. Já segurei riso, porque não podia sorrir. Já me senti o pior dos seres humanos. Já tentei me machucar pra poder engessar alguma parte do corpo. Já cortei metade do meu cabelo em um momento de histeria. Já quis ser famosa. Já senti inveja por não ter escrito algo. Já fui orgulhosa. Já quebrei meu orgulho. Já pedi dinheiro na rua com alguns amigos. Já levei trote. Já fui comparada a Fernanda Torres com Paloma Duarte. Já quis matar alguém. Já senti remorso só de pensar. Já perdi prazo de inscrição de vestibular. Já fiz planos e não cumpri. Já cumpri planos que eu não tinha feito. Já prometi e não cumpri. Já passei horas no trânsito, em filas e esperando alguém que demorou pra chegar. Já tive pavor de montanha russa e hoje não consigo não brincar. Já brinquei de “Eu nunca”, mas nunca de “Eu já”.



Amanda Manzi